Wednesday, December 20, 2006

Entre Pequeninos e Errantes...

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Amados e Queridos, Conhecidos e Desalmados,
O silêncio foi por um tempo. Aqui volto com alguns textos.
Ontem eu tive uma celebração com sentido. Fez bem à alma. Celebramos com o Cristo e para o Cristo numa grupo lá da nossa comunidade. Fez um baita bem!
Aqui mando um texto, tecido há alguns dias na alma, agora em letras.
Que o Natal não seja apenas feliz, mas também com sentido!
Feliz Natal com o Aniversariante!
Paz & Bem!
In Christie,
B!
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Entre pequeninos e errantes
(Bruno de Assis)
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E eis que a estrela que tinham visto no céu surgir ia à frente deles até que parou sobre o lugar onde se encontrava o menino. Eles, revendo a estrela, alegraram-se imensamente. Ao entrar em casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostando-se, o adoraram. (Mateus 2: 9 à 11)
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Estamos no Advento.
É o Advento de um Aniversário.
Do Aniversário do Deus-Homem, do Homem-Deus, que na sua Infinita Onipotência enfraquece-se, e numa transparência moldada em carne e osso, se fragiliza num bebê e habita entre nós.
Emanuel, o Deus conosco.
O Eterno se limita ao Tempo, O Amor mostra Seu rosto, pele, corpo, gesticulado nos movimentos infantes, amaparado e abandonado no colo de sua mãe, Maria.
Os Magos, esses caros desconhecidos, oriundos de algum ponto do Oriente, pessoas fora dos padrões da época, numa aguçada e íntima intuição, seguiram essa Estrela até o Encontro de um infante, uma criança. E lá, ofereceram presentes. O Pequenino acolhido e adorado não pelos "seus" e sim, por desconhecidos, errantes e pagãos.
O berço do infante é uma manjedoura. Não muito diferente do nosso coração.
Existencialmente, somos esses peregrinos, que buscam um sentido, nessa Noite Escura da Alma, no vislumbre de uma Luz, uma Estrela e não apenas nos guie para um lugar, mas que haja o encontro com Alguém, que não sabemos discernir Quem seja realmente, os nossos sentidos tornam-se confusos, e contínuo é o anseio do Encontro.
Pra outros, alvitam-se alguns sentimentos - somam-se também os ressentimentos - nostálgicos que se instalam n'alma, percebemos as dobras de amarguras nos porôes da alma, e pesamos na balança da consciência nossas ações, reações, construções e desconstruções que tecemos em nossos dias.
Na frieza dos últimos tempos, emplaca-se um consumismo desordenado e esquecemos do Aniversariante. Se somos cristãos, porquê enchemos os olhos - e o estômago - com a gula excessiva, um consumismo desenfreado, troca de presentes - e não de afetividades - e não balbuciamos uma breve oração, sincera pro Aniversariante?
Que nesse Natal, sejamos como esses magos-desconhecidos.
Subversivos.
Dobremos o nosso joelho - e o coração - numa oração sincera.
Ao invés de presentes, presença.
Fujamos das celebrações sem sentido, celebremos com o Aniversariante! E façamos do Natal, todos os dias do ano, quando o Cristo nos surpreender através do pequenino que está fragilizado pela fome, encarcerado - esse Deus-Homem foi morto ao lado de dois ladrões - , do deprimido, do forasteiro e busquemos discernir as diversas formas de como Ele se apresenta aos nossos pobres sentidos.
Em tempos de tanta confusão. busquemos essa estrela íntima. É ela que nos leva ao Encontro com o Menino.
"O Christie Domine Jesus", aceita o nosso encontro contigo.
Amém!
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