Tuesday, April 05, 2005

Uma...........bagunça oniríca poética.....

" Nós não foi dado um ser.
Somos Apenas Correnteza
Fluímos de bom grado pelas formas:
Pelo dia e a noite, pela gruta e a catedral
Por elas penetramos, incitados
Pela sêde de ser."

(Hermann Hesse)

Faz tempo que não escrevo "à mão". Perceber a minha própria caligrafia. Contemplar o frágil desenho das minhas pobres e vagas letras. Não durmo. Sou acordado por frases, letras e ruídos que são constantes, latentes e frquentes, aqui...no porão da minha alma...

O prazer de escrever à lápis, além de ser um processo mais lento, arcaico, artesanal....traz também um teor que foge de um Sistema que me imponho - ou me é imposto? - e nesse ritmo a palavra perde o teor, força, poética, cor, cheiro....e o Poder da mudança que a Palavra move no íntimo de quem se deixa frutificar...

...é madrugada. Neste momento, passa um Blues na guitarra de Nuno Mendelis. Feeling, veneno, tesão, prazer, distorção, a alma se rasgando em notas di-ssonantes, a voz ecoando a frequência d'alma, as melodias inconfessas do espírito...

...encarnar o espírito da Arte é uma Maldição.

Uma "bem-dita" maldição.

Mal dicção.

Mal de são.

Encarnar essa dádiva - divina ou mefistofélica? - implica em fugir dos padrões estabelecidos. Saída do "centro". A peregrinação se (de)forma pela margem. O caminho se faz - ? - pelo

in.verso.

Em versos.

Claudica-se em Noites Escuras.

Retorna-se pelo Vale da Sombra da Morte.

Que blues maravilhoso!

Cadê meu disco do John Coltrane???

Neste trajeto são anônimos - os músicos, os loucos, os mendigos, os atores, os que pousam letras e sonhos nas madrugadas, os astrônomos, os cozinheiros, as prostitutas - essas malditas pessoas - as freiras, os pastores, os missionários, os linguístas, os andarilhos - são criaturas que tecem minha subjetividade e dão forma ao:

Dragão.

Que h.ora voa, h.ora rasteja.

...tá tocado "while we cry" do Kenny Wayne Shepard nas mãos do Nuno Mindelis. Saudades de tocar guitarra....15, 16 horas. Era nessas horas e dias, somada as leituras putrefatas de Baudelaire que alimentava o maldito.

....hoje me empanturro com Dave Mathews Band.

Vou ler T.S. Eliot.

Boa madrugada.

Uma...........bagunça oniríca poética.....

" Nós não foi dado um ser.
Somos Apenas Correnteza
Fluímos de bom grado pelas formas:
Pelo dia e a noite, pela gruta e a catedral
Por elas penetramos, incitados
Pela sêde de ser."

(Hermann Hesse)

Faz tempo que não escrevo "à mão". Perceber a minha própria caligrafia. Contemplar o frágil desenho das minhas pobres e vagas letras. Não durmo. Sou acordado por frases, letras e ruídos que são constantes, latentes e frquentes, aqui...no porão da minha alma...

O prazer de escrever à lápis, além de ser um processo mais lento, arcaico, artesanal....traz também um teor que foge de um Sistema que me imponho - ou me é imposto? - e nesse ritmo a palavra perde o teor, força, poética, cor, cheiro....e o Poder da mudança que a Palavra move no íntimo de quem se deixa frutificar...

...é madrugada. Neste momento, passa um Blues na guitarra de Nuno Mendelis. Feeling, veneno, tesão, prazer, distorção, a alma se rasgando em notas di-ssonantes, a voz ecoando a frequência d'alma, as melodias inconfessas do espírito...

...encarnar o espírito da Arte é uma Maldição.

Uma "bem-dita" maldição.

Mal dicção.

Mal de são.

Encarnar essa dádiva - divina ou mefistofélica? - implica em fugir dos padrões estabelecidos. Saída do "centro". A peregrinação se (de)forma pela margem. O caminho se faz - ? - pelo

in.verso.

Em versos.

Claudica-se em Noites Escuras.

Retorna-se pelo Vale da Sombra da Morte.

Que blues maravilhoso!

Cadê meu disco do John Coltrane???

Neste trajeto são anônimos - os músicos, os loucos, os mendigos, os atores, os que pousam letras e sonhos nas madrugadas, os astrônomos, os cozinheiros, as prostitutas - essas malditas pessoas - as freiras, os pastores, os missionários, os linguístas, os andarilhos - são criaturas que tecem minha subjetividade e dão forma ao:

Dragão.

Que h.ora voa, h.ora rasteja.

...tá tocado "while we cry" do Kenny Wayne Shepard nas mãos do Nuno Mindelis. Saudades de tocar guitarra....15, 16 horas. Era nessas horas e dias, somada as leituras putrefatas de Baudelaire que alimentava o maldito.

....hoje me empanturro com Dave Mathews Band.

Vou ler T.S. Eliot.

Boa madrugada.

Monday, April 04, 2005

Um impressão + devocional....

Queridos,

Aqui, foi uma resposta à um devocional que fiz, mas não anotei o texto aqui no papel rabiscado.....

....mas, foi isso aí que ressoou no Espírito,

....passei aqui pro computador....

Que abençoe vocês...

Tô ouvindo Eric Clapton, que fenômeno!!

Um cheiro,

Bruno.



Deus Amado;

Descubro.

Isso mesmo! Des...cubro! Tiro a coberta. Percebo como careço em ouvir a Tua Voz, caminhar ou descansar em Tua Presença e me lançar mais aos Teus Planos, propósitos e, loucamente, peregrinar contigo.

Lembro-me de um trecho, que quando Moisés se achegou a Ti, o Senhor se encontrava "em meio as densas trevas",. Que paradoxo! Moisés te conheceu em meio as densas trevas! Davi dizendo "...ainda que eu andasse pelo Vale da Sombra da morte....eu sei que Tú estás comigo". São João da Cruz, expressa que é em meio à Noite Escura da Alma que o Senhor - também - pode expressar e abraçar a nossa alma. Enoque foi raptado, "...já não era, pois Deus para Si o tomou".

Por outro lado, houve momentos de plenitude, transcêndência. Jesus, na transfiguração. David, dançando pela cidade. João, quando se inclinou e ganhava um cafuné de Cristo. Moisés, quando viu Deus de costas.

Porquê escrevo isso??

Não posso alegar, que em - TODOS - os meus momentos de trevas, Você não estava comigo. Creio que o que mais importa à refletir, perceber - e encarnar - na vida cotidiana que, sendo o caminho peregrinado é de chão de pedra ou um lamaçal, se vou pela Luz ou abraçado pelas Sombras, se carrego um pote de outro o fardo da Cruz,

o que importa é:

Quem É que caminha comigo.

Quem É que peregrina seja pelos jardins ou pelos desertos. E tendo total consciência que o "ponto final" é a Cruz.

E descubro que não importa circunstâncias, seja fome, nudez, sonhos, pesadelos...é Ele, o Eu sou que não não um par, mas dois pares de passos no chão peregrinado. E quando necessário, carrega-nos, no colo, nos ombros...

Isso me leva a Te Amar, meu Deus, com mais intensidade!

Na Luz ou nas Trevas. quando se manifesta na Palavra....ou no Silêncio.

No Quarto, ao som de marteladas, serras, somado aos gritos e risadas dos pedreiros, que trabalham - e me divertem - aqui ao lado de casa.

Paz & Bem!

Te Amo, Pai

Seu magrelo,

Bruno.