Tuesday, September 28, 2004

O BELO E O SURREAL Rev. Caio Fabio

Queridos e não-Queridos,Paz e Bem!!!!
...cá mando um texto, mais que demais de lindo. Profundo e Simples, Abismático e Belo...
Esse cara escreve muito....
Abraços à quem querem recebê-lo,
No Caminho,
"Frei" Bruno...
O BELO E O SURREAL Rev. Caio Fabio
Às vezes a vida se mostra tão bela, tão perfeita, tão redonda, tão suave e tão harmônica, que a gente pensa que o mundo é perfeito. Mesmo quando não é com a gente que tais belezas acontecem, mas se pelo menos vemos alguém ou alguns experimentando essa existência suave e tranqüila, plena de amor e cheia de bons enredos e histórias, todas com final muito, muito feliz, então, também nos animamos a crer que a vida pode ser boa, embora a nossa não seja.
Caetano Veloso disse que de perto ninguém é normal. De perto, também, não existe vida tão bela aos sentidos dos outros, que, quando vista nos detalhes, não carregue seus mondrongos e suas assimetrias.
No entanto, e me parece que cada vez mais, a maioria esmagadora das vidas humanas é marcada pela marca do inominável.
É surpreendente como também, muitas vezes, a existência de alguns é, externamente, bem simétrica e aparentemente bem organizada e feliz. Todavia, uma olhada na alcova ou no quarto, ou mesmo no computador do indivíduo, mostra os labirintos de seus mundos ocultos e de suas compulsões cobertas pelo manto da discrição.
Certas vidas simplesmente nos colocam diante de situações para as quais a existência não nos ensinou como tratar, nem tampouco há leis que possam lhes ser aplicadas com justiça, e nem padrões que lhes possam assegurar um lugar entre os distúrbios mapeados pelos mestres do comportamento.
Se alguém me fala de livre arbítrio, e o associa à capacidade do homem de escolher, sinceramente, na maioria dos casos, eu não consigo ver nem liberdade e nem arbítrio.
Neste mundo o único livre arbítrio que se me apresenta como livre, é o arbítrio do descontrole.
Sim, ele é livre porque é até maior que o indivíduo que o pratica.
O que o espírito que anda na luz deve fazer enquanto caminha nos cenários que o circundam nessa existência, é caminhar com pureza de coração.
Somente os puros de coração vêem a Deus, e, portanto, somente esses podem ver Deus nos cenários caóticos desta existência.
Sem pureza de coração Deus não é visto no mundo!
Para aquele que caminha com o coração sem certezas, mas apenas com pureza, mesmo os piores cenários e roteiros, podem se converter em lugares de criação do amor de Deus.
A pureza é a ausência de certeza que dá lugar à confiança que faz o coração pacificado.
A criação emerge do caos. Quando o caos é encontrado pelo amor de Deus, há luz.

O primeiro ato de criação física é a luz. Assim, o caos poderá ser pintado com todas as formas, mesmo as mais estranhas, posto que o belo não é belo. O belo é apenas assim percebido. O belo sim, é uma escolha do coração que anda em pureza.
O belo é sempre aquilo que se vê com o olhar de Deus.
Com tais olhos, todas as coisas são belas, até as tragédias, e as existências que fogem ao padrão ao qual o nosso entendimento está acostumado a encontrar.
Onde quer que alguém veja um ser humano extasiado com o belo, saiba, mesmo que tal pessoa não saiba, ela está vendo com o olhar de Deus.
Somente o ver com o olhar de Deus é o que nos anima a prosseguir. Somente o olhar de Deus nos capacita a chamar a existência de vida.
Somente assim toda existência pode ser por nós tratada como vida, mesmo que seus desenhos sejam surreais.

Monday, September 20, 2004

Uma breve Reflexão sobre "Os Meios de Comunicação"...

Crazy People...

Paz e Bem!!!!

...cá estou ouvindoum guitarrista de Jazz maravilhoso, estupendo...chamado Tal Farlow. e ainda estou estudando Geografia Brasileira - tô pirando com esse cursinho -, escrevendo um roteiro de Cinema e tentando me silenciar!!!!

E lá no Cursinho escrevi esse texto, num tema pra Redação. Era uma reflexão, uma dissertação que tínhamos que fazer sobre os meios de comunicação e a alta tecnologia......está sem correções de coesão textual, análise de discurso, está aí!!!

Divirtam-se!!! E desçam a lenha!!!Ah! Dedico esse texto ao "bróder" Rogério Toscano...que ne ensinou - mais do que a budega da faculdade - a refletir sobre Mídia e Teatro...

Abraços, Beijos e Encontros Com Ele!!!

Do seu e dEle,

nEle, que é o Nome sobre todo nome!!

Bruno!!


Pressa: Pra quê?


Paul Virilio, um dos maiores pensadores do que é denominado "pós-modernismo", trata em seus artigos - apresentados em livros, impressos e web - voltados para um foco ainda pouco estudado, mas de muita influência em nossa comtemporaniedade: A Dromologia, que é um estudo do impacto da velocidade dos meios de comunicação e da alta tecnologia em nossa sociedade. Virilio alerta que os meios de comunicação não fazem o seu papel primordial - comunicar, informar, refletir em maior amplitude - mas sim, somado com a indústria do entretenimento, procuram trazer estímulos, sensações, "jorrar" uma série de programas (sic), que além desses fatores, de não informar o telespectador e a soma de conhecimento, percebe que o homem que ouve rádio, lê o impresso ou vê a novela, inconscientemente, veja ali o espelho de Narciso, a sua auto-imagem refletida, bela, sem sombras, infelicidades ou imperfeições. Outrora, coloca o mais grotesco, esquizóide. Sutilmente e silenciosamente - pois o silêncio comunica, e muito - há um processo alientivo, de "torpor" da consciência, daquele que procura "descansar" ou "se divertir" na frente da tela da TV. Há tempo para tudo, aqui debaixo do sol", escreveu Cóelet ou Salomão em Eclesiastes. Diante de uma tela de computador, softwares, messenger, celular, palm-top (herança de um pensamento neo-liberal, cada um em suas ilhas individuais) o que o homem faria se fosse colocado no Paraíso Perdido de Milton ou no Jardim do Éden do Gênesis, e tivessem todo - o tempo - do mundo para desfrutar?

O homem identificaria o gosto das frutas?

Comtemplar, sem lucros, o céu azul ou estrelado?

Dormir, até o meio-dia, sem o sentimento de culpa?

Até o sexo se torna comercial e alienativo. O corpo se torna feitiche, comércio. Não há descoberta. Não reconhecemos o cheiro, o gosto da pele, as delícias a serem desvendadas no encontro da Amada(o). Isso quando existe Amado(a) e não o objeto. Logo, se chega aos "finalmentes" e a insatisfação na alma de ambos....feitos com muita pressa. "Fast food" sexual.

Há uma tendência alienativa e niilista. Agora "tudo o que é sólido se desmancha no ar", dizia Marx. Não há sentido e significado. O homem luta, de forma ilusória, que o Status, Poder é que vão ajudá-lo em sua auto-afirmação e de sentido de mundo. A mudança tem que partir de forma silenciosa e íntima. Aprender a parar. Parar mesmo, sem culpa. Tempo para fazer o que gosta e assim, ter a plenitude do momento. Ler um bom livro, não pela necessidade, mas pelo prazer. Refletir, de como a alta tecnologia e os meios de comunicação podem, de forma sedutora - sem bundas, casas dos "artistas" - semear educação, risadas, a reflexão sobre o próprio meio de comunicação e enaltecer esse bizarro ser, cheio de contradições, que se encontra brutalizado, mas anseia plenitude física, psíquica, espiritual e cultural: o ser humano.

Monday, September 13, 2004

Um texto de Caio Fábio sobre a Palavra...

Queridos, Paz e Bem!!!!
...cá deixo um texto de um dos pensadores que mais deliro, um pastor Prebsteirano chamado Caio Fábio...muito interessante o que ele escreveu....

Que e Palavra seja Palavra na sua vida!!!!!

É isso!!! Por enquanto...

"Frei" Bruno.

DIVINO POUPOURRI DE PALAVRAS Rev. Caio Fabio

A palavra. Que milagre. Ela é a dádiva mais divina que adorna os humanos. Sim, a Palavra criou todas as coisas, e é também pela palavra que o homem cria e descria nos seus próprios limites como criador secundário.

PALAVRA é o que é. E palavra é aquilo do que somos feitos, e somos sendo.
Há belezas indizíveis em muitas coisas. A música, por exemplo, exprime o divino de modo extasiante. Em sua companhia nesse panteão de belezas e inebriamentos divinos vem a capacidade de pintar, de esculpir e de usar o corpo e controlá-lo completamente, de onde procedem todas as expressões atléticas, esportivas e as danças.
Em todas elas, porém, alguma materialidade tem que ser utilizada. O músico, o escultor e o pintor, se utilizam de instrumentos; e o atleta, o esportista, ou o dançarino, precisam do corpo como instrumento, a fim de criar.
A palavra, todavia, vem de dentro e se manifesta, essencialmente, como algo invisível; trás, entretanto, consigo melodia, ritmo, cadência, intensidade, cor, temperatura, números e equações; transcende o tempo e o espaço, transporta para qualquer mundo, viaja para qualquer era; e penetra o impossível, que é impossível para o homem como mídia material, mas não para a palavra do homem, posto que este pode não conseguir realizar algo, mas só sabe que não pode porque pode “palavrar” essa impossibilidade.
Portanto, algo pode ser impossível de ser realizado pelo homem, mas só se saberá disso porque tal impossibilidade não é impossível para a palavra.
Assim, quando se diz “isto é impossível”, se está dizendo que isto é impossível para nós como criadores, menos para a palavra, posto que foi a palavra que criou aquilo que no mundo não se pode realizar.
Assim, até quando digo que coisas não existem, chamo-as à existência como palavra. O que não existe só não existe se não tiver sido designado como palavra. Daí em diante já existe, pois existe como palavra.
Ora, tudo o que existe como palavra passa a existir, de algum modo, para a mente-alma, mesmo que não exista de modo objetivo aos sentidos e percepções.
A palavra cria como realidade para a mente aquilo que a mente não tem muitas vezes como transformar em possibilidade concreta.
Ora, essa inexistência, por meio da palavra passa a existir, ainda que somente exista como palavra.
A palavra é essencialmente dotada do impossível. Portanto, a palavra é a realidade que precede a realidade possível.
É por isto que a palavra é a mais divina de todas as dádivas. Pois por ela tudo é possível, mesmo aquilo que aos homens é impossível.
A palavra cria mundos, esculpi realidades, pinta cenários, enche de música a imaginação, chama odores à existência, se transporta, e a si mesma se carrega a qualquer dimensão.
Céu e inferno habitam a palavra. O caminho do homem é o caminho de suas palavras, para o bem e o mal.
A palavra possui todas as pedras, todos os paus, todas as águas, todos os ares, todas as possibilidades, todos os tempos, e todos os não-tempos, todas as eternidades, e todos os vazios, e até a inexistência.
Sim, os possui, embora eles sejam nela apenas as coisas que não são no mundo material, posto que existem tão somente como palavra.

Na palavra, todavia, não há coisas, embora ela possua todas as coisas e até as não-coisas. Nela se vê aquilo que não se pode enxergar, posto que ela não é pau, nem pedra, nem instrumento, nem cenário, nem coisa alguma que não seja pensamento em constatação, criação e construção.
A palavra é irmã do vento. E ambas são da mesma natureza e são realidades semelhantes, posto que tanto ela quanto o vento se confundem com o espírito.
É interessante que quando Deus quis diminuir o poder destrutivo da humanidade quanto a construir suas torres de arrogância, Ele confundiu as linguagens. Isto porque a linguagem é palavra confinada ao meio. Por isto, toda escritura, por mais maravilhosa que seja, sempre será infinitamente menor que a palavra, pois está presa ao meio como linguagem. A palavra, todavia, é levada pelo vento e pelo espírito.
As palavras carregam sempre profecias, pois é pela palavra que os homens salvam ou destroem, criam ou caotizam a existência, sendo que tais profecias não se cumprirão como certeza contra ou a favor de ninguém, exceto contra ou a favor daquele que as proferiu.
Daí a forte ênfase de Jesus no significado da palavra do homem. O homem dará conta de todas as suas palavras.

Paulo diz que a fé vem pelo ouvir a Palavra mediante palavras, e ouvir as palavras como Palavra.
Tiago disse que é na língua, sede física da palavra no corpo, que louvor e maldição residem de modo latente e paradoxal.
A palavra carregada da Palavra leva o homem ao inferno e ao céu sem que ele precise sair do lugar.
“Está aí, bem perto de ti, em tua boca, e em teu coração...a palavra da fé”.
A Palavra é antes de todas as coisas. Por meio da Palavra todas as coisas foram criadas. Ora, a Palavra se fez carne. No entanto, é através de palavras que se crê na Palavra.
“Pois se com tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para a justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação”.
Crer é a Palavra feita fé!
Confissão é a fé criada pela Palavra!
Ora, assim como todas as coisas foram criadas pela Palavra, é também pela Palavra que todas as coisas são apropriadas como herança. E essa herança nada mais é que a Palavra feita promessa, e que é mais concreta que todos os mundos já criados, posto que ela está liberta como fé para ver aquilo que olhos não viram, ouvidos não ouviram e nem corações jamais conceberam, mas, pela Palavra, tais mundos são criados como esperança e certeza, e passam a existir no ambiente da palavra, que é o impossível; ou seja: o coração.
No coração tudo é possível!
A fé vem pela palavra que é ouvida no coração como Palavra. E é tão verdadeiro que seja assim, posto que a Palavra é espírito, e a herança da Palavra é feita de material que somente a palavra da fé pode visitar como espírito.
“As palavras que vos tenho dito são espírito e são vida.”
No entanto, para receber o benefício dessa Palavra que é Vida, é necessário que a Palavra se torne palavra-pensamento em nós. Quando isto acontece, o resultado é que o entendimento vira consciência e a consciência se torna entendimento, pela Palavra.
Ou seja: o eu e a Palavra se fundem, e crescem nessa fusão.
Receber a Palavra não significa aprender versículos da Bíblia. E confessar a Palavra com a boca é muito mais do que repetir palavras da Escritura ou credos.
O lugar da Palavra não é em Tábuas de Pedra, mas na Consciência; isto é: no coração!
É somente quando a Palavra se torna consciência em nós, é que se experimenta a solidez da Palavra. Ou seja: quanto menos material for a relação com a Palavra, tanto mais sólida ela se tornará no ser.
A manifestação histórica da Palavra aconteceu mediante a existência de homens que não andavam carregando palavras presas ao livro sagrado. A maioria viveu em dias anteriores à escrita. Outros posteriormente tiveram acesso à Escritura, mas não a carregaram como objeto e nem se jactaram dela como livro.
Estranhamente os anos e eras mais profundos da experiência de Deus aconteceram muito antes do tempo no qual palavras viraram letras e livros disponíveis para serem objeto de exame e exumação.
O lugar da Palavra é o coração, pois é só no coração que a Palavra pode estar.
O código de decifração da Palavra é puro mistério no coração. É o Espírito Santo.
A Palavra não cresce quando muitas pessoas entram para a igreja, mas sim quando ela cresce na consciência das pessoas.
A Palavra não existe para encher a igreja, mas sim a igreja para se encher da Palavra.
Palavra! Que milagre? Não! A Palavra é milagre!
Só conhecemos milagres quando estamos cheios da Palavra. É pela Palavra da fé que milagres acontecem, posto que é pela fé que a Palavra cria o que é necessário à vida como milagre.
Alguns perguntam: Como posso ser cheio da Palavra?
Veja o Evangelho. Sim, digo ‘veja’ porque o Evangelho não tem que ser lido, mas visto.
Quem lê o Evangelho, apenas lê palavras. Quem vê o Evangelho, vê Jesus em palavra, ação, e modo de ser. O Evangelho é a Palavra encarnada. E a Palavra encarnada é Jesus. Ser cheio da Palavra é ser cheio de Jesus. E ser cheio de Jesus é ser cheio da Palavra.

A Palavra é vista com os olhos do coração!
O processo existencial do Evangelho é este: ficar tão cheio da Palavra que nossas palavras sejam vida, vida e vida, para nós e para o mundo.
A Palavra é o que é. Nós somos e estamos sendo por meio dela.
Quem nela crê por ela viverá!

Monday, September 06, 2004

Meu aniversário.......

Amigos, Inimigos, Amados e Desalmados, Sumidos, Assumidos, Engraçados e Desgraçados...

"...é ver a nossa vida, gerando e gerando mais vida." (Gerson Borges)

Paz e Bem!!!

Hoje, 06/09, eu faço - ou fiz - 27 anos. Sou filho de uma pianista, hiponga, amante de Bethoveen e Chico Buarque. Meu, pai, se diz ateu, historiador formado na USP e adora o violão rasgado de João Bosco. Meu nome, veio de Giordanno Bruno, um dominicano do séc. XVI, que foi queimado em fevereiro de 1600 pela Inquisição Espanhola.

Fui criado pelos meus avós. Meu avô, trabalhou na Petrobrás e no tempo livre era pastor e missionário. Minha vó, dona de casa, sabe cozinhar muito bem!

Bruno, que vem de uma derivação do latim, que significa moreno, obscuro. Já no Germânico, significa luminoso, brilhante.

Engraçado, o nome é contraditório, assim como sou. E busco imprimir nos textos que escrevo essa coisa bizarra que é o ser humano. Acolhe o que tanto odeia e rejeita o que tanto ama.

O sobrenome vem de Assis, uma cidade italiana, Assis era o sobrenome de meu avô, que vem de Machado, de Francisco, o pai seráfico dos franciscanos...e há o Oliveira, que é de raiz judaica, veio do meu pai...mas que está lá na minha "arqueologia" familiar...

Por isso, a cultura Judaico-Cristã. Sou Cristão. Por um tempo, fui "crente", mas hoje sou mesmo apaixonado por Ele, Cristo. Não só Ele, mas uma Trindade que me abraçou. E os braços dEle se estenderam na minha vida através de - alguns de - vocês...quem me conhece, sabe quem fez história na minha vida.

Hoje tive um dia feliz. Fui ao cursinho, tive aulas de literatura, Química e Matemática, quando cheguei em casa, recebi flores da minha namorada. Foi um momento ímpar. Estranhei no começo, mas depois desabei....foi muito louco.

Apareceu uma amiga pra me dar um abraço, recebi ligações, foi bom.

Estou descobrindo que minha vida não é mais de buscas, mas de encontros. Encontros com a Arte. É isso que quero fazer na minha vida, Teatro, Música.... quero dividir minha vida com a Juliana. E ter encontros com Deus, é com Ele que quero viver e pagar o preço de carregar a Cruz.

Percebo, já através do meu nome, sendo obscuro, contraditório, ou até iluminado....não sei, só sei que desde o Ventre da minha mãe, com um nome de um dominicano, franciscano e até de raiz judaica....Deus tem me perseguido na minha história, isso até pelo meu nome. Por mais que eu fuja, é Ele quem me pega pela esquina da vida e:

Ama.

Mima.

Me dá broncas,

Cuida,

Ampara,

Sufoca de tanto Amar e de tanto Amor!!!


Por mais que que o mundo tenta dimensioar que Deus não está comigo, por mais que a Igreja tente me "moldar" no seu estilo arcaico e não à pessoa de Cristo, Ele está é grudado em mim e como diz Cristo, lá em João. "Eu e o Pai somos um", somos um nEle, em Cristo.

Obrigado aos que estão no Caminho. Aqueles que dividiram laços, abraços, cuidado, brigas construtivas, pratos de comida, risadas intermináveis, jogos cênicos, espiritualidade e até os que me chutaram: não vou ser como vocês. Apesar de tudo, ainda estou tentando amar o ser humano.

Obrigado, mas muito obrigado.

Paz, Amor e Bem!!! Do seu dEle,

"Frei" Bruno de Assis.

Wednesday, September 01, 2004

Um fragmento do passado....devocional...

Amigos, Inimigos, Amados, Desalmados,
Sumidos, Assumidos, Engraçados e Desgraçados...

....cá mando um velho devocional, de anos atrás, escrito com sangue e silêncio, que creio que vai ser de mais valia pra vocês...

...abraços de urso, daqueles bem fortes, franternos,

F.B.
Devocional...
"Assim como a água relflete o rosto, o coração reflete quem somos nós."
"Como na água o rosto corresponde ao rosto, assim o coração do homem ao homem."
"O rosto se reflete na água, e o homem reflete em sua consciência."
...são três versões de Provérbios 27:19.
Muitas vezes quando alguém pregunta o - porquê dessa cara feia? - ou, - Tá triste? - nós nos pegamos de surpresa, pois não imaginávamos que nossa face refletia o nosso estado íntimo. Com a atenção do outro, conseguimos perceber o que acontece no nosso espírito. Os sentimentos aparecem nas diversas formas de tristeza, angústia, alegria, saudades, culpa, ressentimento...e outra gama de sensibilidades que carregamos em nosso interior.

Descobrimos que com a nossa conversão, quando caminhamos "de volta pra casa do Pai", nós nos deparamos em muitas situações não muito "gloriosas", ou "cheias de bençãos". Literalmente, Des-Cobrimos (tiramos a coberta...) de muitos sentimentos hostis que estão aninhados e enraizados na nossa subjetividade. Elas se manifestam de muitas formas, como ressentimento com um familiar, a falta de perdão com o cônjuge, os sentimentos de culpa que minam em nosso espírito e explodem em angústias, insônias e problemas nos ossos. Outrora, não é culpa, mas uma sombra que carregamos, o nosso velho homem, que ressurge avassaladoramente e se manifesta na forma de uma tímida crueldade através de um enrustido preconceito, desejos, que se vermos bem, não são desejos...são perversões.

Outrora, uma armadilha que armamos com o - colega (???) - da empresa...a infidelidade que temos com o cônjuge, com a família e consigo mesmo.

O Evangelho é radical quando vemos que Deus trouxe o Espírito Santo para questionar o nosso espírito. O Consolador e Ajudador é aquele que na regeneração do nosso pensamento (metanóia), faz-nos refletir o que somos - não numa mente culpada e sôfrega, isso é nossa consciência - mas sim, filhos de Deus. Temos consciência de nossos erros, omissões e faltas, porém, Deus não tira de nós a dignidade e nos limpa de todo peso pecaminoso através do sangue derramado na Cruz. Temos a chance de mudar de lado, de arrancar, lançar ao Alto o nosso "karma existencial" e buscar novos horizontes, ao lado Dele. Deus é o único Ser que é capaz de mudar a nossa compulsão íntima pelo pecado. Deus, deseja através do Espírito Santo formar o Filho de Deus em nós e ainda fazer dos nossos corpos, Habitat Dele.

Ainda me questiono porquê Ele não vai habitar na árvore, na roseira...