Monday, March 20, 2006

Galáxia com forma de DNA....


Deus é muito criativo...
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WASHINGTON - Astrônomos usando o Telescópio espacial Spitzer observaram uma nebulosa surpreendente que tem o formato de uma hélice dupla próxima ao centro da Via Láctea. Eles estimam que a nebulosa tenha cerca de 80 anos-luz de comprimento e esteja situada a 300 anos-luz do grande buraco negro que fica no meio da galáxia.

A nebulosa em forma de DNA impressionou os astrônomos envolvidos. "Nós nunca vimos nada como isso no domínio cósmico. A maioria das nebulosas são galáxias em espiral cheias de estrelas ou conglomerados amorfos de poeira e gás. O que nós vemos indica um alto grau de ordem", disse Mark Morris, professor de astronomia da UCLA e autor do estudo.
Morris acha que o campo magnético do centro da Via Láctea seja o responsável pelo intrigante formato da nebulosa. Esse campo - que é cerca de mil vezes mais fraco que o do Sol - ocupa um volume tão grande de espaço que possui muito mais energia que o campo magnético do Sol. Morris acredita que todas as galáxias que têm um centro galáctico bastante concentrado também devem ter um forte campo magnético.

O que exatamente criou a onda de torção ainda é um mistério, mas Morris não acredita que o grande buraco negro no centro da galáxia seja o culpado. Orbitando o buraco negro, a muitos anos luz de distância, está um disco massivo de gás que Morris levantou a hipótese de estar ancorando as linhas de campo magnético. O disco passa pela órbita do buraco negro aproximadamente uma vez a cada dez mil anos. "Uma vez a cada dez mil anos é exatamente o que precisamos para explicar a torção das linhas de campo magnético que vemos da nebulosa", disse Morris.

Bateu, levou....


Lindo, Lindo. Precisamos de homens como São Tomás de Aquino.
Amém.

* * *

Conta-se que Tomás de Aquino, o "doutor angélico" da Igreja Romana (1330d.C.), visitou o Papa Inocêncio IV. O Papa, enquanto lhe mostrava toda a fabulosa riqueza do Vaticano, disse, numa alusão às palavras de Pedro aocoxo da porta Formosa (Atos 3:6):
- Vês, Tomás? A Igreja não precisa mais dizer como nos primeiros dias: "Não tenho ouro nem prata."
- É verdade - confirmou Tomás - Mas também não pode mais dizer aocoxo: "Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda".

Sunday, March 19, 2006

Madrugada....


Queridos, Tentava dormir e - oh! que novidade - não conseguia.
Então, embalado pelos standars de jazz que tocavam no linha Imaginária, na Madrugada pela Cultura FM junto com a Bíblia, forma as minhas companheiras...
E só consegui dormi depois que pincelei essas letras.
Paz & Bem!
B!

* * *

Madrugada
Bruno de Assis.

(...)

Sede que areniza o meu ser, que me faz tatear o sabor do Absurdo.

Não consigo dormir.

Sendo visitado pelos meus pecados, luzes, fraquezas, luxúrias...outros tantos Minotauros e Anjos que passeam pela tela da minha consciência, apego-me a palavra...

...e a Palavra, o Verbo Encarnado.

Mais uma vez, percebo que o poder dEle se aperfeiçoa na fraqueza.

Madrugada.

Diante do Silêncio Noturno, dilatam-se os fragmentos da minh'alma.

Alma que clama por conforto, por afeto, por amigos e ainda, por mais que eu não queira ter consciência e coragem pra confessar para mim mesmo...

...esse Inefável anseio pelo Sagrado.

De me tornar Um Com Ele.

Lembro-me do Salmista, como num íntimo choro de um trabalhador na vinha, que molhado de suor e balbucia essas palavras a si mesmo e ao Criador:

"Como a corça bramindo por águas correntes, assim minha alma brame por ti, ó Deus!Porque te curvas, ó minha alma, gemendo dentro de mim?"

Jazz, Jazz...

A alma é como um improviso de jazz...

...há harmonias, consonantes e dissonantes...essa vida, que lança-se diante das incertezas como um guitarrista diante das notas improvisadas num campo harmonico desconhecido. Com seus erros e acertos impressos em seus insides e out-sides... há outrora que as melodias entram em contraponto com outras regiões da minha alma.

Mas que querendo ou não, essa alma é regida pelo Maestro Maior.

Que carece de ser preenchida pela Voz cantada em Sol Maior e assim, impregnar Luz numa alma que tece letras e sonhos...e melodia.

(...)

Saturday, March 18, 2006

Absurdo & Luzes....


Só n'Ele encontramos a Luz para o Labirinto do Absurdo que existimos.
<>

Friday, March 17, 2006

As dádivas do silêncio e de ouvir.

As dádivas do silêncio e de ouvir.
Bruno de Assis.
Andamos cansados. No atropelo dos dias, quando paramos e temos uma breve "consciência-de-si" pesa-se uma exaustão. Não é um esgotamento do vigor físico ou mesmo um mal-estar mental. É um cansaço existencial.
A alma anda, nada, dana - e naufraga - numa frequente in.tranquilidade, uma frequência anímica in.descritível que gera - ou é gerada pela - ansiedade, a alma torna-se um "livro do desassossego", dizia o poeta lusitano. Diante dessas in.tranquilidades, a tendência é "ligar a TV", "curtir uma música", ou mesmo "ouvir o rádio". Ou ficar com alguém. Usamos corpos - descartavéis - pra tapar os fragmentos que se encontram na alma...
Há uma in.compatibilidade humana com o Silêncio. Não o abrigamos em nosso caótico íntimo. Poucos são que se tornam Amigos do Vazio de Ruídos.
Engraçado, tememos ouvir nossos abismos e vozes interiores ou mesmo vislumbrar a nudez - ou os tumores - da nossa alma.
Há "Silêncios" e Silêncios.
Há os que são mórbidos, lúgubres...in.terpretam na mudez principalmente das pessoas que trazem um "tom" mais extrovertido. Quansdo ficam silenciosas, delatam o peso da alma, denso como chumbo.
Há um outro silêncio que é Presente, amigo e acolhedor. Um silêncio que acolhe a palavra - e o coração - do outro. Não sabemos ouvir e também temos dificuldade de encontrar bons-ouvintes, pacíficos e silenciosos. Somos todos cheios de "fórmulas", "respostas prontas", que ao invés de auxiliar e servir o outro, denota-se um inconsciente medo de acolher o próximo. E sem a atenção merecida e sendo um mau - ou medíocre - ouvinte, cheios de orgulho, projetamos os nossos "testemunhos" e nossas "obsoletas fórmulas" pra "resolver o problema", pensando que a alma humana é como a produção de uma fábrica e que se resolveu conosco vai se resolver - igualzinho - com o outro.
Há problemas que querendo ou não, são insolúveis. Uma delas é a Morte.
Mas um bom ouvinte tem a capacidade de pacificar, e acolher em amor, o outro que o mundo não acolhe. Mais fácil é excluí-los de nossa atenção e agenda. Afinal, "tenho que me preocupar com a minha vida, afinal ela é minha..."
Se não conseguimos ouvir o nosso semelhante, imagine Deus.
A nossa era e sociedade cultuam o barulho e o ruído. Temos que ter frequentes estímulos, ler o jornal rapidamente - não criando assim uma consicência crítica -, ir ao fast-food e comer ansiosa e sôfregamente os hamburguers - e também há o "fast foda" - até o sexo se torna consumo, tudo é muito rápido e decorado. As posições parecem mecanismos pré-condicionados. E como ouvintes, nas partilhas entre amigos, sabemos que muitas vezes nas relações humanas, e dentre elas, no sexo, mesmo com o corpo presente, a alma do sujeito(a) está em Titã, uma das luas que compõe os satélites de Saturno e a outra sabe-se lá aonde...
O Silêncio e o Ouvir traz a consciência de nossos abismos e limites, moldando o humús, a humildade no deserto do nosso ser.
Thomas Merton, monge trapista, refletindo acerca disso, coloca em cheque não apenas o "falante" e sim o bom ouvinte, que também sofre um certo conflito, confinado nos segredos partilhados em seus silênciosos encontros de alma. Merton diz assim: "Grandes padres, santos como o Cura d'Ars, que olharam as secretas profundezas de tantas almas, não deixaram, entretanto, de ser homens de poucos amigos íntimos. Ninguém é mais solitário do que um padre que serve a um vasto ministério. ele está confinado em um terrível deserto pelos segredos dos seus semelhantes."
Porquê digo isso? Que além de sermos bons ouvintes, criar uma rotina de nos acolher em silêncio, há uma necessidade do homem de parar, de reservar tempo pra si, de ouvir suas melodias e dissonâncias interiores. Percebendo a aridez da nossa alma, damos mais valor a Água Viva que nos é oferecida - e partilhada - em nosso cinzento cotidiano. Silêncio, nos coloca a ouvir Deus com mais atenção, ou percebê-Lo habitando em nosso íntimo.
Concluo, com Faustina Kowalska, uma cristã polaca do século XX. "O Silêncio é como a espada na luta espiritual; a alma tagarela nunca atingirá a santidade. Essa espada do silêncio cortará tudo que queira apegar-se à alma. Somos sensíveis à fala e sendo sensíveis, logo queremos responder; não levamos emconta se é da vontade de Deus que falemos. A alma silenciosa é forte; nenhuma adversidade a prejudicará, se perseverar no silêncio. A alma recolhida é capaz da mais profunda união com Deus, ela vive quase sempre sob a inspiração do Espírito Santo. Deus opera sem obstáculo na alma silenciosa."
Paz, Bem & Dias mais Silenciosos,
B!

Tuesday, March 14, 2006

Mosca Azul, Agreste & Pequeninos...

Queridos, esse texto que escrevo é mais um traço (auto)biográfico sobre algumas situações inóspitas que aconteceram nesses dias, quando o cinzento cotidiano torna-se multicor, o caminhar desértico é refrescado em oásis existenciais...

...e nessa dinâmica maluca, volto pro deserto, pro agreste. E lá, sou abençoado.
Na Quinta-feira passada, (09.03.2004) fui lá no Itaú Cultural e fui ver uma palestra/entrevista/gravação de um programa (que não me lembro o nome...) que o entrevistado era o Frei Betto. Cheguei, busquei um cantinho (nesses lugares você encontra todo tipo de gente...) e fiquei lá amuadinho, mudinho, aguardando o começo da entrevista/palestra. Ele estava ali pra comentar sobre sua mais nova publicação, um livro chamdo "A Mosca Azul", aonde ele traça um estudo sobre o Poder, das mais diversas formas - política, familiar, religiosa, econômica - na ótica construída sob a experiência pessoal que teve quando era Assessor Especial da Presidência da República, com o Programa Fome Zero.
Assim, ele começa falando trazendo um histórico pessoal sobre sua vida em três focos: A religiosidade - como frade dominicano - do artista - como escritor e literato - e como militante político.
Na parte quando ele falava sobre religiosidade, ele traçou umas palavras algo que me tocou muito. Num momento, logo quando entrou no convento, ele diz que "perdeu a fé". Tudo tornou-se escuro. Ele não conseguia acreditar - ou não - em Deus. Trafegava, trôpego, como diz São João da Cruz, na "Noite Escura da Alma". Aí, o seu superior chegou a ele e orientou:
- Betto, se você estivesse andando numa mata escura e o farol de sua lanterna apagasse, o que você faria?, continuava andando ou esperava amanhecer?
Betto, ainda noviço, claramente responde:
- Espero amanhecer.
E assim, frei Martinho deu as obras de Santa Teresa de Ávila pra ele ler. Assim, Deus saiu de uma consciência cauterizada pela cultura pessoal, católica, de um Ser a ser estudado e partiu para o desfrute, como um eterno caso de Amor.
Ouvir isso mais uma vez não tocou o meu coração, mas as minhas vísceras também. É esse relacionamento visceral que busco ter com Deus...
E falou da relação de Poder que é desfrutada quando as pessoas encontram-se em cargos - sejam governamentais ou eclesiásticos - que o Poder é agregado, e assim, o frade acentuou: - "O homem não muda no poder, mas se revela" - disse também, que "todo poder tem uma intríseca vocação ao abuso".
...
Chegando em casa, orei. Orei pra reforçar o meu pacto com os excluídos, com aqueles quesão esmagados pelo poder abusivo. Seja político, familiar ou eclesiástico.
Passando alguns dias e sendo visitado pelo virús da gripe, aquietei o corpo e sendo cuidado pela minha namorada, num momento de profunda inquietação, combinamos que mesmo carecendo de repouso, íamos ao teatro.
Teatro e Deus são dois sacerdócios viscerais. Ver uma peça é como um culto. Confesso que em muitos momentos há mais verdade, há algo mais vulcânico no palco.
Assim, no sábado, fomos ver "Acunteceu o Acuntecido", com o pessoal que está se formando na ELT (Escola Livre de Teatro) aqui em Santo André. A peça traça-se com os personagens, jogados ao léu, num canto do agreste, logo após à uma catástrofe. E a peça traça-se no meio de um deserto, de um agreste, onde cada um foi traçando respostas e buscas para sobre(viverem) naquele ermo...uns traçavam sobre a ótica política buscando fazer uma "revolução", outros foram pra religião, e outros, sobreviviam...apenas sobreviviam...
Com personagens engraçados, outros brutos, outros desarranjados...porém todos banhados numa sofreguidão imensa. Nessa leitura muito subjetiva, pessoal e espero que não seje egoísta, tracei mais uma vez o meu amor por Deus, se num ambiente ermo, agreste, se O surpreendo com o Amor ou com um coração ressentido. E de como o homem tem um poder de adaptação, mesmos nos lugares e situações aonde crava-se a miséria.
Digo isso, pois num momento, uma personagem, intepretada pela Ciléia, pincela, meiga e atordoante frase:
- Pedi pra Deus um Novo Olhar, E Pedi pro meu Olhar, um Novo Deus.
São nessas horas que percebo como Deus,com suas estratégias, sopra e sopra e continua soprando através do Espírito. A minha oração é que Deus sempre me traga sensibilidade pra poder percebê-lo nas situações mais inóspitas, seja Na Noite Escura da Alma, nos agrestes que cominho e também através dos pequeninos, dos corpos chagados e enfermos que, de forma misteriosa, ali quebra-se o muro da minha arrogância, aonde o pensamento era pra ser "usado" e sim, Sou agraciado com a presença de Deus através dos pequeninos.
Paz & Bem!
B!