Wednesday, April 15, 2009

08.09.2008 - 7ª Sessão - Diário de Bordo - Terapia.

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Amigos, Inimigos, Amados e Desalmados
Aqui começo a "blogar" os meus textos que são de teor "terapêutico", digo, algumas impressões, descrições e a subjetividade que tenho das minhas sessões de terapia, de análise. Os erros gramaticais, semânticos estão aí e procuro mostrar como minha psiquê estava no momento enquando "descrevia" essas situações...
...aqui lanço a minha partilha de alma,
Em XC e com vocês,
B.
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Diário de Bordo - Terapia
7ª Sessão - 08.09.2009

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IDA
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...percebo ainda que trago uma resistência quando vou - de trem lotado - dentro daquele mínimo espaço, com a multidão em peso e em aperto, quando tomo o caminho e vou à terapia. Sensação de sufoco, medo, fobria, pânico e vertigem ainda são muito presentes quando fico em lugares fechados com muita gente.
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> Lá na terapia <

Hoje foi difícil abordar o que acontece - e o que aconteceu - comigo durante esses dias e expor assim, em linguagem falada e escrita, expressar o que penso e sinto para a Dra. Denise.
...as imagens passeavam em fragmentos, "dançavam" na tela da (in)consciência, que projetava desde sonhos que tive durante as noites pretéritas...

Lembro-me que no começo percebi que até tinha dificuldade em expresar as imagens que compunham o meu pensamento e a minha fala - que anda trôpega - , há falhas na dicção, creio eu, devido ao efeito da medicação que me deixa um pouco ( ou mais? ) lesado do que a inquietude cotidiana.
...o que ficou mais pontuado em meus pensamentois e sonhos noturnos - foi o fato de não conseguir concluir uma séie de faltos e ciclos durante a vid, dentre eles, terminar um ofício, um trabalho. Talvez por um sentimento de impotência, fracasso e de um perfeccionismo - que me é muito prejudicial - macula tudo o que penso, tudo o que faço...
...contei dos sonhos, que foram desde diferenças entre familiares (sonhei que .?. procurava me bater e enquanto mais que eu me defendia mais ele me atacava fisicamente - dando socos em mim enquanto eu defendia o meu frágil corpo com esses meus braços magrelinhos...
...os outros dois sonhos que tive foram os desafios que eu próprio me punha à exercer - desde pular de um prédio para o outro - e sempre, sempre falando, fracassando nesses dsafios que me immpunha - ou me era imposto? - e assim, carrego essa rede de fracassos no oceano de incertezas...
Ah! falei do filme "Rain Man" e minhas impressões sobre a personagem "Raymond" - com o Dustin Roffman - um autista com difuculdades de comunicar-se - e assim, me identifiquei com esse personagem quando vi o quarto dele abarrotado de livros - que nem o meu - as manias - como tenho as minhas - e a dificildade de pertencer à um ambiente, um grupo, um ente social...

...venho pra casa com o desafio de ter uma agenda e assim, organizar de forma mais mecânica e orgânica- os meus frágeis dias...
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VOLTA
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Fui até Arthur Alvim e me encontrei com a Leila e o Moisés. Encontro Agradável. Dia Feliz.
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Tuesday, April 14, 2009

11.01.2009 - Domingo...

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11.01.2009. Domingo.
Amado, Deus Amado.
Música, livros, ventilador refrescando o quarto. Isso nada vale se a minha consciência estar - somente - ligada em si mesma. O que traz sentido e significado é a Tua Presença - a consciência e a encaração - da Tua Pessoa, nesses ambientes secos no deserto d'alma somado o frescor do ventilador no quarto.
Te louvo, Te desejo, TE quero.
Te desejo, desejo a Sua Pessoa pois aqui, nessa carne, nesses ser muito mal-configurado habita o meu pior inimigo - e Você sabe quem é - esse inimigo chamado Bruno. Faço as palavras de João Batista, o meu clamor: Convém que Ele cresça e eu diminua. Cresça em mim, Cristo, toma os meus frágeis musculos, meus ossos, que o meu aparelho respiratório seja invadido e haureado com o frescor do Teu Hálito.
Te quero - não há outro - desejo e quero ser habitado pelo mistério trinitariano. Deus se funde e confunde numa eterna relação de Amor. Fundem e confundem-se - sendo o mesno - em uma troca eterna de Amor. Que os meus órgãos pulsem esse desejo, o Teu Espírito seja bem recebido e que cada ação dos meus íntimos organismos seja um perfeito ato de louvar à Ti. Que eu te louve com as batidas cardíacas, com o meu respirar, com a frequente tensão das pequenas vidas que carrego dentro de mim. Te louvo com os meus músculos, com as células mononucleadas, com o meu - claudicante - peregrinar.
Sou Teu, somente Teu,
Tu és o Amado do meu corpo e da minha alma,
Sou Teu,
B.
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Thursday, April 02, 2009

solidão - Santa Teresinha.

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Quem lê, entenda.


Texto extraído do livro acima.
"A solidão em Santa Teresinha do Menino Jesus". Pedro Paulo di Beradino. Paulis editora. pág. 19 - 21.
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Consideramos a solidão como a tenda do encontro com a própria intimidade, como ambiente propício para a escuta da consciência e para a leitura correta dos acontecimentos que tecem a trama da história individual e social, e ainda como possibilidade única para responder às grandes interrogações que afligem a parábola existencial de cada homem capaz de um mínino de intimidade.


SÓ, então, é aquele que vive consigo mesmo, que não se afasta da sua intimidade, que não se deixa desgastar pelas distrações, nem se deixa esvaziar pelos contínuos, insistentes e prepotentes chamados da superficialidade. SÓ é aquele que não se deixa dividir, que não se perde no labirinto das realidades sensíveis, que não se abandona às ondas da moda, em que nenhuma circustância põe em perigo a unidade do seu ser.


Neste sentido, a solidão é necessária para todos e é a condição fundamental para permacener fiel às tendências positivas originais e salvaguardar, nas flutuações do vir a ser, a própria peculiar identidade. A solidão evita qualquer dissociação estrutural e impede o achatamento da vida na esfera superficial dos sentidos.
Se se quer viver como homem, não se pode renunciar a própria intimidade e, portanto, deixar a solidão. Está é tão necdessária quanto o pão que se come, a ágia que se bebe, o ar que se respira. É perigoso dispensá-la como ínútil ou dela fugir como da pior das doenças.


Está claro. pode-se viver de muitas maneiras diferentes, mas, nem todas as maneiras de viver são próprias do homem. Para Erich From, o principal dever do ser humano consiste em dar-se a si mesmo à luz, ou seja, viver como homem. E isso, parece, que está se tornando sempre mais difícil por falta de solidão. Evidentemente, a nossa cultura é imediatista, utilitaristac e, portanto, prevalentemente, sensualista. Não se pensa no futuro e nosso olhar não vai além da sombra do próprio corpo. Por isso, não se tem tempo para esperar. Quer-se tudo e quer-se imediatamente. Ajunta-se a isso o turbilhão da moda - que não se pode conter - e da concorrência que cada dia vestem a realidade com novas cores para solicitar a insaciabilidade dos desejos e alimentar a voracidade do coração. Assim é mais fácil viver na esfera epidérmica, superficialmente, sem profundidade, abandonados às impressões, seduzidos pelas cores, leves como folhas ao vento. O viver como homem exige empenho, requer decisões, impõe escolhas coerentes e constante disciplina. quando aquilo que importa é o "hoje", a vida deve, necessariamente, ser superficial, inconsistente, estirada, agitada.


Bastaria um pouco de solidão, um mínimo de intimidade para compreender que o destino do homem tem, como horizonte, a eternidade.


A solidão é o único caminho que, conduzindo o homem à substância de sua ala, fera-o à unidade original, fá-lo sempre presente a si mesmo e o prepara para a vida.


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